24 novembro, 2008

Lá vai o tempo do jornalismo isento

É interessante mas lamentável, ouvir a Felicia Cabrita dizer que o jornalismo, já não é o que era. ou pelo menos o que foi, quando permitiu que, viessem a lume casos como o da Casa Pia.

Insinuou, muito claramente, que o jornalismo de investigação, que lhe permitiu aflorar a abertura do caso Casa Pia, aprofundando-a para além do colégio Pina Manique, a outros colégios também pertença da Casa Pia, (nomeadamente os que são habitados por raparigas), tinha sido truncada, nos orgãos de informação para quem trabalhava, que como sabemos pertencem ao grupo Impresa, envolvendo especialmente a Sic e o Expresso.

Volto a referir, que esses orgãos de comunicação social, não são de confiança, estão engajados ao poder político e económico, que impõe a sua lei em troco da publicidadezinha e de outras influências.

Juntando esta afirmação de Felícia Cabrita, dizendo que só ainda não lhe conseguiram calar a voz, ao facto há dias por mim denunciado, de ter ouvido Ricardo Costa o patrão da informação da Sic-Notícias dizer que há muito tempo se sabia do caso BPN (porque não terá então denunciado esse caso ?), fica claro para mim que do Expresso e da Sic não espero isenção e não me diz nada armarem-se em campeões da informação, DEPOIS de pessoas como Oliveira e Costa, terem caído em desgraça.

Lá vai o tempo em que sendo o Francisco Balsemão, primeiro ministro e proprietário do jornal, era o Expresso o primeiro a critica-lo.


12 novembro, 2008

ESPANTO MEU






No final do ano lectivo, toda a sociedade portuguesa opinou sobre a aluna que empurrou uma professora, por causa de um telemóvel.
Disse na altura que, quanto a mim, a culpa era da professora, não defendendo de nenhuma maneira a aluna.
O meu espanto é ter visto alunos de uma escola, acompanhados por todos os professores dessa mesma escola, atirar ovos à Ministra da Educação.
Nos blogs por onde passei, alguns dos quais se insurgiram contra a dita aluna, e bem, vi poucos a tomarem posição por alunos terem atirado ovos a uma Ministra, pior do que isso, uns até defendem os alunos.
Ora bem.
Cá para mim, há um mínimo de educação e de civismo que não deve ser ultrapassado.
Este Governo foi eleito, não interessa para o caso se bem ou mal, por parte maioritária do povo português que o elegeu. Qualquer Ministro é representante desse Governo.
Atirar ovos a um Ministro, ainda por cima sem argumentação, é lamentável.
Haver alunos de uma escola que atiram ovos a uma Ministra, acompanhados dos seus professores, que os olham embevecidos, é trágico.
Serão esses mesmos professores, os mesmo que amanhã se queixarão quando um aluno lhes der um empurrão, lhes riscarem o carro ou lhes atirarem com ovos. Serão esses mesmos professores que virão publicamente, pôr as mãos na cabeça, com a falta de segurança e com a má criação.
Julgam que ganharam o respeito dos alunos, quando finalmente lhes demonstraram que a violência é apreciada, que a má criação é justificável quando se não gosta das medidas, que as hierarquias não são para respeitar.
Hei-de ver estes mesmos blogs a gritarem 'aqui d'el-rei' quando um aluno atirar com um ovo à cara de um professor.
Não se venham queixar depois!!!!!


09 novembro, 2008

Como moscas em papel colante


Isto de ter um blogue, é uma aventura curiosa e digna de ser analisado por especialista em psicologia.

As matérias que se abordam, podem como é natural ter mais interesse do que outras, aquilo que para o colaborador do blogue, pode ser interessantíssimo ou susceptível da geral a maior indignação, pode para a maioria das pessoas que o lêem não ter qualquer relevância ou seja digno de suscitar qualquer tipo de interesse.

Pode falar-se mal do governo, dos partidos, seja do que for da actualidade política nacional ou internacional, que por vezes nem um comentário se recebe, porém se se falar de forma crítica do anterior regime, ou da figura sinistra do Dr. Salazar, eles aí estão, chovem comentários, normalmente a coberto do anonimato e sempre de forma ofensiva.

É o que eu chamo o efeito papel apanha moscas. Recordando aquelas tiras de papel que se pendurava no tecto, especialmente dos estabelecimento comerciais, e que feitas de material pegajoso atraíam as moscas que acabavam por morrer lá coladas.

Comparo a essas tiras de papel nojentas, com esses post que acima referi, também a eles se colam todo o tipo de moscas e outros vermes voadores, que pegam e não largam mais.







05 novembro, 2008

YEEEES!!! OBAMA GANHOU!!!!






O DISCURSO DE OBAMA, NO DIA QUE SOUBE QUE ERA O NOVO PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

APERGUNTA QUE SE IMPÕE: CONSEGUIRÁ ELE MODIFICAR A AMÉRICA?




04 novembro, 2008

Haverá ainda jornalistas ?

Ouvi hoje, sem surpresa, por estar farto de saber o que a casa gasta, o jornalista Ricardo Costa, um homem que tem responsabilidade de direcção na Sic-Notícias, mas que deveria ter ainda mais, para com a sua carteira de jornalista, dizer a propósito do caso do Banco Português de Negócios, que há muito tempo que toda a gente sabia o que se passava naquele Banco.

A pergunta óbvia que o colega que o entrevistava não lhe fez e que deveria ter feito, não fosse o corporativismo, pouco profissional, que envolve toda aquela gente, seria então porque não o denunciaram ? Porque não fizeram disso notícia ?.

Se já toda a gente sabia, como Ricardo Costa afirma agora, fazendo o seu papel de esperto, não seria cumprir o papel de jornalista, trazer o assunto ao conhecimento público ?

O que fala mais alto ,a sua condição de jornalista ou a de gestor que não quer perder, as receitas que aquele banco pode trazer ao seu grupo ?.

Incluo claro o Expresso, que pretende ser o paradigma da informação exemplar, desde qe não prejudique o negócio claro.

Ele há carteiras de jornalista, entregues a quem o não merece

02 novembro, 2008

A exemplo do futebol

O futebol, em especial o português, não tem grande motivo para servir de exemplo, sobretudo no que à organização administrativa diz respeito.

Porém a propósito duma notícia lida recentemente, acho oportuno trazer um comentário à guisa de reflexão por comparação.

Soube, que nos dois campeonatos nacionais de futebol profissional, a Liga Sagres (1ª Divisão) e a Liga Vitalis (Liga de Honra), os jogadores ali inscritos, têm que ser profissionais.

Para serem inscritos no primeiro caso, têm que auferir, no mínimo, o equivalente a 3 ordenados mínimos nacionais (1278 €) e no segundo caso 2,5 ordenados mínimos (1065 €).

Quer isto dizer, que está estabelecido que no caso concreto da indústria futebol, para poderem ir a jogo, as empresas (clubes), têm que despender no mínimo, aqueles valores por cada profissional ao seu serviço.

Isto a propósito, da choradeira nacional que por aí vai, só porque o governo reafirma o já aceite em concertação social ,o aumento do salário mínimo nacional para 450 € por mês, na prática um aumento de 24 € por mês e por trabalhador.

É lamentável, que ainda existam empresas que baseiem a sua actividade, na exploração da mão de obra a níveis que se situam, nos últimos lugares da União Europeia.

É lamentável que essas empresas possam continuar a ir a jogo, baseando a sua actividade em salários de miséria. Pelo menos nisso o futebol serve de exemplo e se alguns clubes, podem ser obrigados a fechar as portas por incapacidade de cumprir esse mínimos, porque não podem essa empresas seguir o mesmo caminho ?

Cá por mim não fazem falta nenhuma

Relembro, aos saudosistas de pesadelos passados em informação adicional e a propósito de alguns comentários que se continuam a produzir, num post 2 números atrás, que nos famosos anos de glória nacional do ministro Salazar entre 1928 e 1931, que não havia ordenado mínimo nacional, nem fundo de desemprego (aliás nunca houve), nem abono de família, nem rendimento social de Inserção, nem sapatos, nem saúde.

Havia sarja para vestir, alpercatas para calçar, tuberculose para cuspir, fome para comer.

A avaliar pela choradeira de hoje, imagine-se os salários de então, escudados pela repressão a quem ousasse levantar a voz.

A criação do imposto de "salvação pública" e a multiplicação das "taxas de salvação nacional" sobre o açúcar, a gasolina, óleos, etc.., deve adivinhar-se ao que níveis conduziu o custo de vida., mas era tudo a bem da Nação e da salvação do deficit.