15 setembro, 2008

Grande vida a de general ou as benesses por se ser inútil

Confesso que sou um homem de esquerda que às vezes, não alinha com as posições mais fáceis, tentando fugir à maior tentação de toda a gente que é oposição, a demagogia.

Acima de tudo porque não quero incorrer, naquilo que já tenho muitas vezes criticado noutras pessoas, muitas com responsabilidades políticas que eu não tenho, a desonestidade de dizer aquilo que não se pensa, por interesse pessoal.

Isto a propósito das notícias recentemente publicada, com foros de sensação, sobre o valor das reformas atribuídas a alguns generais.
Duma forma geral não me incomoda o valor das reforma por si só, porque admito que as mesmas correspondem aos respectivos descontos efectuados durante a sua vida profissional. Consequentemente reforma alta correspondeu a descontos elevados e quanto a isso nada a opor a menos que correspondam a negociatas obtidas por modos ínvios.

O que me chateia é o tratamento dado aos senhores generais, como se conclui da notícia publicada há dias

O general Mourato Nunes, comandante da GNR até meados de Abril deste

ano, passou à situação de reserva com uma remuneração mensal de 5915

euros. Com a passagem deste militar do Exército à reserva, ontem

publicada em Diário da República, as Forças Armadas contam já com 127

generais na reserva, um período de cinco anos em que podem estar em

casa sem qualquer ocupação profissional até passarem à reforma aos 65

anos. Por ano, estes 127 generais na reserva custam ao Orçamento do

Estado oito milhões em pensões.


Começo, por não entender a razão porque seja necessário haver um Ministério da Defesa, como se houvesse por cá alguma coisa, que valha a pena defender, ou melhor ainda como se existisse no Mundo algum País interessado em cobiçar-nos.

Portanto para já como declaração de princípio afirmo a inutilidade de cada euro gasto com o referido Ministério.

Porém a preocupação fundamental das hostes militares não é essa, disse em tempos o senhor José Luís Pinto Ramalho, General Chefe do Estado Maior do Exército, que há falta de soldados e declarando-se insatisfeito enquanto não houver 14500 praças.

Temos que perceber a sua preocupação, mais do que as necessidade de defesa nacional, julgo que o que o referido senhor General, nas entrelinhas quer dizer, é que há generais a mais para os soldados que não temos.

É preciso portanto, alargar o numero de soldados para justificar a quantidade de oficiais no activo.

Fossem os senhores oficiais generais, equiparados a escriturários no seu estatuto de funcionários públicos, que realmente são e já o senhor engenheiro Pinto de Sousa e o responsável pelas Finanças lhes tinham tratado da respectiva carreira, encaminhando-os para os Serviços de Desemprego da sua região, recebendo o mesmo que qualquer outro desempregado, até à idade da reforma como qualquer outro cidadão.

A bem da Nação.

2 comentários:

SAM disse...

"Masturbação a bem da nação" os soldados...tão uteis como uma portinhola para gatos na gaiola de um gorila...inda se fizessem um golpe de Estado, que é pra isso que eles servem...
e gaijas, não gostas de as ver de farda? eu cá estimo bastante!
lOLOLOLOLOLOLOLOL sobretudo se elas vestirem a farda pra nos meter na cama e brincarmos aos prisioneiros de guerra:
-deita-te me bandalho e despe-te
-mas, mas a convenção de genebra..
-cala-te, meu bandalho, sei que tens uma arma escondida, mostra-me a tua Kalashnikov...!
- tá bem mas vais ser meiguinha?
- Trata-me por Sargento seu bandalho!
- tá bem ( despe-se )
- isso não é uma Kalashnikov !!!
- não?
-não! é uma 6.35 no maximo!!!
- Mas é uma arma de guerra!
-Ai sim? mostra-me então se acertas no alvo meu bandalho!


hahahahahahahahaha
que fixe!!!

Anônimo disse...

Já tive a mesma posição do que tu, em relação a necessidade de termos tropas.
Hoje penso que o mundo está de tal maneira instável, que não me repugna a ideia que Portugal tenha um exército, quanto mais não seja, para juntamente com o resto dos países Europeus se poderem defender....
não sei de quê, nem se valerá a pena, mas essa é outra conversa