13 agosto, 2008

VIVEM NA FAIXA DE GAZA?




É uma página do "Expresso" que todos leram, espero.
O Nonas, ontem, editou no seu blog toda a página e hoje vou chamar a atenção para o que mais me impressionou:




Rua de Lisboa cortada ao trânsito a pedido da embaixada israelita
"Vivemos na Faixa de Gaza"
Vizinhos da Embaixada de Israel sentem-se "escudos humanos". Partidos políticos querem o fim do "bunker" que foi instalado na rua António Enes, em Lisboa.
Hugo Franco

E até os moradores do nº 16 da Rua António Enes (entre a Praça de Espanha e a Maternidade Alfredo da Costa) têm restrições de circulação. "Não tenho livre acesso à minha própria casa", queixa-se a mais antiga moradora do prédio, Virgínia Barbosa. A arquitecta, que tem um ateliê no andar de baixo ao da embaixada, confessa-se farta das burocracias dos seguranças: "Conhecem-me há tantos anos, mas continuam a obrigar-me a esperar pela autorização da embaixada para entrar com o carro". Virgínia, que já foi multada na garagem, deixou de convidar uns clientes da Tunísia: "Eram constantemente barrados. Agora reunimo-nos num hotel".

O medo domina o dia-a-dia de Ivete Canto de Noronha, que vive no prédio vizinho ao da embaixada. "Tal como os israelitas afirmaram em 1979, depois do atentado à embaixada, nós, os moradores, somos o seu escudo humano. Nada mudou. Já fomos evacuados de casa três vezes por ameaças de bomba", afirma a professora. Ivete chegou a ser mandada parar por um dos polícias só porque carregava uma pasta. Eram exames e não bombas. Há pouco tempo ia sendo impedida de entrar no perímetro de segurança: "Vinha de uma urgência do hospital num táxi, de madrugada. Foi com uns berros de desespero que convenci os seguranças a deixarem-me passar

Os israelitas queriam impedir a passagem de peões em frente à embaixada. "Seria uma verdadeira zona-tampão, como no Médio Oriente", diz um responsável camarário no anonimato. PSD, PCP e Bloco de Esquerda não concordam com a 'fortaleza' israelita. "Se é uma questão de alta segurança, então a embaixada não deveria estar numa zona residencial", defende Margarida Saavedra, vereadora social-democrata. "Além disso há um claro abuso de ocupação do espaço público", acrescenta.

Como é possível isto continuar-se a passar em plena Capital e nada se fazer?

Continuamos todos doidos?

2 comentários:

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

absolutamente!!

beijinho

Anônimo disse...

Olá Júlia

completamente!

beijinho