Falou-se por aqui há dias na questão dos partidos da oposição, não "colaborarem" com o governo PS, na apresentação de propostas na Assembleia da Republica, ficando no ar a ideia que aos partidos da oposição, compete também colaborar no acto da governação.
No fim da corrente sessão legislativa, feito o balanço da actividade parlamentar de cada um, constata-se que o partido que mais projectos e lei apresentou, entre Setembro de 2007 e 1ulho de 2008, foi o CDS com 48 iniciativas , que foram quase todas chumbadas pela maioria absoluta.
O Bloco de Esquerda apresentou 43 iniciativas legislativas, tendo sido aprovadas pela maioria absoluta "socialista" apenas 3 dessas iniciativas.
O Partido Comunista apresentou 39 projectos-lei e o PSD ficou-se pelos 22 projectos.
É corrente ouvir-se o engenheiro Sócrates, afirmar que "os senhores da oposição, não apresentam uma única proposta", o que como se vê é mentira, mas que passa como verdade, por ser colocada na boca do senhor primeiro ministro, que é suposto não mentir.
Fica portanto a pergunta , de que outra forma devem os partidos da oposição, colaborar com um partido de maioria absoluta e que governa de acordo com esse conforto democrático e com a sobranceria de quem se julga infalível ?
Naturalmente que os partidos devem orientar-se de acordo com os princípios programáticos com que se apresentaram ao eleitorado e apresentam as suas propostas conforme os conceitos que defenderam, caberá ao partido do governo e insisto de maioria absoluta, encontrar forma de encontrar as pontes de entendimento necessárias.
Também é para isto que servem os partidos, os da oposição para proporem medidas, os da maioria para as rejeitar, visto não terem a sua chancela.
No fim da corrente sessão legislativa, feito o balanço da actividade parlamentar de cada um, constata-se que o partido que mais projectos e lei apresentou, entre Setembro de 2007 e 1ulho de 2008, foi o CDS com 48 iniciativas , que foram quase todas chumbadas pela maioria absoluta.
O Bloco de Esquerda apresentou 43 iniciativas legislativas, tendo sido aprovadas pela maioria absoluta "socialista" apenas 3 dessas iniciativas.
O Partido Comunista apresentou 39 projectos-lei e o PSD ficou-se pelos 22 projectos.
É corrente ouvir-se o engenheiro Sócrates, afirmar que "os senhores da oposição, não apresentam uma única proposta", o que como se vê é mentira, mas que passa como verdade, por ser colocada na boca do senhor primeiro ministro, que é suposto não mentir.
Fica portanto a pergunta , de que outra forma devem os partidos da oposição, colaborar com um partido de maioria absoluta e que governa de acordo com esse conforto democrático e com a sobranceria de quem se julga infalível ?
Naturalmente que os partidos devem orientar-se de acordo com os princípios programáticos com que se apresentaram ao eleitorado e apresentam as suas propostas conforme os conceitos que defenderam, caberá ao partido do governo e insisto de maioria absoluta, encontrar forma de encontrar as pontes de entendimento necessárias.
Também é para isto que servem os partidos, os da oposição para proporem medidas, os da maioria para as rejeitar, visto não terem a sua chancela.
14 comentários:
Estimada Amiga:
Uma banda desenhada incrível de sensatez na voz de um adorável rapazinho. Que descrença mégica e consciência polítida admirável. Até as crianças estão desencatadas com a política que vêem nos adultos mais directos.
Adorei!
Quanto ao texto.
Profundo. Visto sobre uma forma expressa de uma má governação em que refere admiravelmente:
"Naturalmente que os partidos devem orientar-se de acordo com os princípios programáticos com que se apresentaram ao eleitorado e apresentam as suas propostas conforme os conceitos que defenderam, caberá ao partido do governo e insisto de maioria absoluta, encontrar forma de encontrar as pontes de entendimento necessárias."
Sabe, já tive uma "consciência política". Hoje em dia tenho um desencanto tal, que sou apolitico. Por opção e descrença.
Como alguém que me é muito querido diz:
As eleições, a camapanha eleitoral, em que tudo de maravilhoso se apresenta é o "namoro", a governação é como o "casamento", nada se concretiza com se promete no "namoro".
Admirável amiga.
Adorei!
Abraço amigo de estima, consideração e imenso respeito
pena
Luís Maia
li as tuas palavras e as do Pena... lamento a forma como a oposição é tratada, acima de tudo proque sem ela a democracia não funciona...infelizmente são as vicissitudes de um partido com maioria absoluta mais preocupado em vencer as próximas eleições do que em governar...afinal é preciso manter os tachos. Por essas e por outras é que as palavras do Pena fazem eco em mim
beijos
Olá Pena
Este post não foi feito por mim, mas sim pelo Luís Maia.
Mas quanto à comparação do casamento com a política, felizmente não estou de acordo,
Pelo menos no meu casamento/vivência, garanto que não foi o que se passou, senão já não estaria casada.
E desculpa dizer-te, a banda desenhada que aqui se expõe, são duas adoráveis rapariguinhas que falam, ou não tivessem sido escolhidas por mim: Mafalda e Liberdade
Beijinhos
Minucha
Olá Carla
Não sei o que o Luís te dirá, mas acho um verdadeiro exagero, poder-se dizer que este governo não governou.
Poder-se-á acusar que governou mal, mas se houve algum que governou e sem estar preocupado com as eleições, foi este.
Queres mais leis, que tenham mexido em todos os sectores, que vieram para a rua fazer contestação?
Beijinho
Meus caros
Não sei se consegui exprimir neste post o que eu penso.
O que eu quis foi contestar a ideia muita vezes repetida pelo PM que a oposição não colabora na governação dum país em crise.
Também esta ideia passou num post aqui publicado há dias.
A forma que a oposição tem de colaborar é apresentar propostas, se elas são chumbadas pelo partido da maioria, essa é outra questão.
Portanto minha cara Carla, eu não quis atacar a oposição pelo contrário quis contrariar a ideia que é passiva.
Também nunca disse que o governo não governa, antes pelo contrario já tenho afirmado que tem o mérito de avançar tentando resolver, aceito isso.
Se a forma como os resolve contraria os meus principios e as minhas ideias isso já é outra coisa.
Quanto ao Pena, lhe digo que ser-se apolítico é absolutamente licito e um direito que lhe assiste.
Não deixo contudo de lhe dizer que o que me aborrece nessa atitude, que reconheço é uma tentação, é que ela é confundida com aceitação.
Não se ofenda mas numa sociedade de apoliticos, não tinha havido 25 de Abril, sendo até essa categoria de políticos (ser apolitico é também uma politica) a de quem o Salazar mais gostava, ele e todos os ditadores.
Um abraço
Luisinho, lindo
Se te referes ao post aqui colocado por mim, só me estava a referir ao PSD e à Drª Manuela Ferreira Leite.
São os únicos, ela e o partido de quem é Presidente, que afirmaram ir fazer "caixinha" até às eleições.
Beijinho meu querido
Luis
o número de propostas apresentadas não é, na minha opinião, a melhor forma de aferir a actividade da oposição; resta saber a qualidade dessas propostas…
não sei se viste o António Barreto (para mim o mais lúcido comentador da nossa praça) na sic onde ele referiu que, regra geral, as propostas da oposição têm pouca qualidade; este facto deve-se essencialmente, ainda segundo o AB, ao facto de que a oposição não tem por ela própria, nem tão pouco lhe são facultados, os elementos e os recursos necessários para elaborar propostas de qualidade.
a apresentação de propostas por parte da oposição não seria, assim, muito mais do que um mero exercício de retórica e não necessariamente um sinal de que ela está a dar um contributo construtivo à coisa!
Pois a minha opinião a este respeito é que esta estória de os partidos da oposição (PS incluido, quando lá está) quererem ajudar a resolver a crise é uma grande tanga. Quando eles apresentam um qualquer projecto já sabem que vai ser rejeitado.
Por isso acho que o melhor é mandar os deputados todos para casa e com ordenado por inteiro, uns porque só apresentam propostas que são recusadas pela maioria e os outros porque votam sempre de acordo com as instruções do chefe. Só lá iam para a tomada de posse e para as comemorações do 25 de Abril. Já viram o que se poupava só em despesas de funcionamento e manutenção da AR?
Olá Esoj Odnuges
bem-vindo!
se for um pouco mais abaixo ler o post "Para que servem os Partidos?"
verá que foi isso mesmo que eu disse.
É claro que o Luís Maia nunca estará de acordo
gargalhada
Beijinho
Estimado Amigo e Linda Amiga:
Só queria acrecentar alguns pormenores de opinião que se levantaram com pertinência e atenção:
Sou e sempre fui um Homem de esquerda. Uma esquerda assumida.
Quanto âs eleições o meu voto foi para um partido que me merece toda a estima e admiração na construção livre e plena da democracia que deve presidir no nosso lindo Portugal.
Foi como um "grito" de revolta para com a política, quanto a mim, onde rareiam os interesses pela justiça, igualdade e um descrédito total perante uma governação em que a precaridade das mais diversas funções socias são erradiadas e postas em perigo à sobrevivência das famílias em que acredito.
Tenho valores e princípios que defendo e, sou muito feliz na família que é a minha, e adoro viver em paz, sossego e harmonia na sua companhia tão carinhosa, meiga e admirável.
Quando digo que vivemos uma crise profunda dos valores sociais, pessoais e humanos, expresso-os com simpatia e na ânsia de uma compreensão mais que evidente de preocupação e desencanto pelo bem-estar das nossas gentes. Somente, isto, mais nada.
Acredito que um país democrático e que se rege assente na Democracia plena, não pode consentir a corrupção, a sensação desconfortável do desemprego, o crime, a droga, as escutas telefónicas abusadoras e inconvenientes, que a todos assiste, e a sensação de abandono existencial que provoca a falta dessa confiança.
Peço desculpas, se fui mal interpretado por vocês, simpáticos amigos e tenham a certeza que a felicidade que a todos assite não pode ser conduzida da forma como tem acontecido.
Criam-se situações injustas que não desejo a ninguém e acalento ainda a minha preocupação a pensar na fraternidade, amor ao próximo e sensatez dos governates.
Doce, amiga, olhe que conheço muito bem a nossa terna amiga Mafalda. É adorável como a sua simpatia, acredite?
Abraço forte e beijinhos amigos.
Aos dois, com consideração, estima enorme e respeito gigantesco, pela pertinência deste sensacional blog de maravilhar.
Desculpem se disse alguma aberração ou incoveniência.
O AMIGO sincero "apaixonado" por tanta beleza que percorri demoradamente com o "rato" numa visão plena de sensatez e brilhante sentimento e pensamento que é o VOSSO neste "cantinho" adorável e muito interessante
Parabéns pela vosso sentido de oportunidade avassalador
pena
MUITO OBRIGADO sentido!
Olá Pena
Não sei se vais levar a mal esta minha emenda.
Neste blog, participam 3 pessoas e cada uma delas, SÒ é responsável por aquilo que ela própria diz.
Temos posições políticas diferentes, opiniões diferentes sobre a maior parte doa assuntos, discutimos entre nós, etc.
Aqui, vive e convive uma perfeita liberdade de posts e de opiniões.
por isso te ter chamado a atenção para não ter sido eu que tinha escrito o post de que estamos a falar.
Portanto, eu não tirei a mesmas ilações que o Luis Maia tirou.
Desculpa dizer-te, mas não nos podes juntar.
Já calculava que conhecesses a Mafaldinha
sorriso divertido
mas enganaste-te na Liberdade
Caramba Pena, logo na Liberdade!!!
risos
não leves a mal, mas estou sempre a brincar.
Beijinho
Minucha
todo o seu comentário e garanto-lhe que concordo com o que disse e com o que deseja por inteiro.
Vc afinal é profundamente político nas coisas que diz e pensa o que me dá toda a razão para afirmar que vc não é apolítico como disse que era.
Talvez seja só apartidário.
Mas as pessoas que pensam o que vc escreveu, não desistem facilmente, aposto
um abraço
A política...dela costumo dizer, um mal necessário. Sou da geração dos grandes ideais, a de sessenta, pois que nasci nos idos de 54. Como quase todos da minha geração, acreditei na Verdade, na Liberdade em suma no sentido democrático. Acreditei que o meu pais, e o meu povo iriam ser Felizes. Acreditei povo,acreditei que gradualmente haveria bem-estar social sobretudo para os mais desfavorecidos. Porém quase trinta e cinco anos volvidos e, embora muito tenha sido alcançado, não me revejo no sistema e consequentemente naqueles que simulam defender os interesses dos seus concidadãos , que para isso foram eleitos, nem muito menos num primeiro-ministro autocrata.
O meu país é como lhe chamo, por estes tempos, um canteiro de Inverno.Já nem as árvores ficam de pé...
Minha Querida
Mas tanto que foi feito!
Sei que ainda está muito por fazer, é verdade, mas fez-se tanto em 35 cinco anos.
Andamos há anos a ser mal governados, essa é a verdade, e principalmente sem estratégias de futuro.
É só pôr paninhos quentes, em cada aflição, mas estratégias que criem riqueza a longo prazo.....zero!
beijinho
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